Páginas

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O SACERDÓCIO WICCANO

Por Mavesper Cy Ceridwen

Uma eterna polêmica entre os Wiccanos, seja no Brasil, seja em outras partes do mundo, é a velhíssima discussão sobre a validade ou não da auto-iniciação. Bons argumentos sobram tanto entre os defensores, como entre os críticos. A vivência na Wicca nos mostra que, muitas vezes, se encontra entre iniciados tradicionais pessoas que não se dedicam à Arte tanto quanto auto-iniciados, e entre auto-iniciados gente que só por muita ilusão se crê praticante da bruxaria.

Creio, pois, que é hora de dar um passo a mais nessa discussão. A importância de iniciação tradicional é inegável, mas não há como fechar os olhos à realidade que, muito frequentemente, a auto-iniciação leva ao exercício de um sacerdócio impecável dos Deuses Antigos. O que é mais importante, então?

A resposta é justamente essa: o importante é o exercício do Sacerdócio Wiccano. Se se chega a ele pela iniciação tradicional, participando de um coven, ok. Se se chega a ele pelo árduo e dificil caminho de buscar as resposta diretamente da Deusa, pela auto-iniciação, ok também.

E o que e´ o Sacerdócio Wiccano?

Todos nós sabemos que só pertence realmente à Wicca quem se inicia ( seja em uma Tradição, seja pela auto-iniciação), ou seja, temos uma religião iniciática em que não há seguidores - todo Wiccano é Sacerdote ou Sacerdotisa da Deusa Triplice e seu Consorte.

Esse é um dos mais importantes diferenciais da Wicca em relação a caminhos mágicos não religiosos. O sacerdócio obrigatório implica que seja necessário à pessoa buscar em si, antes de pensar em trilhar este caminho, a veracidade de sua vocação sacerdotal. Costumo dizer que, na prática, nenhuma diferença vejo na vocação sacerdotal de um Wiccano da vocação sacerdotal para qualquer outra religião. Embora o modo de exercer nosso Sacerdócio da Terra não implique renúncias a prazeres, celibatos ou votos de pobreza ou abstinência, temos em comum com sacerdotes de outras religiões o seguinte: nossa alma anseia pelo contato íntimo e direto com a Divindade Criadora e nos oferecemos, voluntariamente, para realizar, em concreto, esse contato no mundo, em nossas vidas diárias.

Muitos livros tratam do período de preparação para a iniciação, muitos enfatizam o que deve um neófito aprender e conhecer no período de um ano e um dia mínimo para nela chegar. O que se deixa de comentar é o seguinte: o que faz uma bruxa DEPOIS da iniciação? Como é o exercício do Sacerdócio Wiccano?

Para responder essa pergunta, devemos compreender uma face da Deusa que é Aquela que Dá Poderes. Essa face da Deusa significa a Deusa agindo diretamente no mundo. Seja como a Curadora, seja como Consoladora, seja como Sábia, essa face da Deusa é muito conhecida das pessoas não tanto em tese, mas nas vivências diárias. É Ela quem nos concede nossos dons e quem, quando estamos em estreita comunhão com o Elemento Espírito, acende em nós a chama de partilhar esses dons. Creio que todos, mesmo os leigos, podem entender o que digo: quando você ouve uma bela música, quando lê um lindo poema ou vê um por do sol de intensa beleza, acende-se em seu coração um desejo de partilhar- você passa a querer dividir com os outros a beleza que descobriu.

Assim é o caminho Wiccano, essa mesma é a essência do sacerdócio: levar para a vida de outras pessoas a beleza que você descobriu ao perceber que a Vida é mágica, que Tudo é sagrado, que Ela é a Vida em si. A consciência de que tudo que existe em sua vida é sua responsabilidade e pode ser moldado por sua vontade. Descobrir que todas as respostas que você procura estão dentro de você mesmo. Obviamente isso não se faz por meio de pregações religiosas, nem por proselitismo. Isso se faz vivendo o dia a dia normal que todo Sacerdote ou Sacerdotisa Wiccano tem. Exercer o sacerdócio da Deusa Tríplice é levar encanto e magia a todos, e tornar as pessoas mais despertas , mais conscientes e mais livres, independentemente de que religião elas mesmas professem.

Ser um Sacerdote ou Sacerdotisa dos Antigos significa viver em alegria, celebrar a natureza e realizar seus dons no mundo. Seja nas pequenas coisas, como abençoar a pessoa que serviu a você um café no escritório ou nas coisas mais complexas, como engajar-se em movimentos ambientalistas, seja no usar seus dons para curar alguém ou um animal ferido, seja celebrando rituais públicos ou particulares, seja dando entrevistas na TV ou respondendo a um estranho sobre sua religião - tudo isso são formas possíveis de realização do caminho sacerdotal. Talvez você não deseje ser um@ curador@, ou talvez nunca sinta o impulso de ensinar ou falar sobre a Arte, mas se você descobrir o que a Deusa espera de você e realizá-lo, exercendo seus dons, você será um@ verdadeir@ Sacerdotisa ou Sacerdote Wiccan@.

Um cuidado muito grande que se deve ter é com a ilusão de estar seguindo um caminho sacerdotal. Ouço muita gente dizer: "Eu vivo consciente da natureza, vejo a Deusa em tudo, e isso basta para me fazer Wiccana." Tolice: um caminho sacerdotal não é um fingimento, uma fantasia, tampouco é simples como "ver a Deusa em tudo". Implica estudo, dedicação e vivência. Implica auto-conhecimento e auto -transformação.

Como vai seu Sacerdócio? Como você tem utilizado no mundo os Poderes Dela? Muito mais do que se preocupar com a forma da iniciação, esta deve ser a preocupação de todos nós Wiccanos: a qualidade do exercício do Sacerdócio.

Aos novatos deixo a pergunta: você tem real vocação sacerdotal? Como crê irá exercer o sacerdócio da Deusa e Seu Consorte em concreto na sua vida?

Somente Aquela Que Dá Poderes nos transforma em reais Sacerdotisas e Sacerdotes, fazendo com que nossa prática da Wicca deixe de ser algo formal e livresco, concretizando de maneira ativa os preceitos de nossa religião em nossas vidas, trazendo a magia a atuar no mundo.

Bençãos Brilhantes!

Mavesper Cy Ceridwen

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Por que nos dizemos bruxos e bruxas?

O termo bruxaria é um termo que sempre desperta reações. Ele está tão associado a coisas "escuras e maléficas" que algumas pessoas questionam se devíamos mesmo usar este termo para identificar estas práticas neo pagãs que fazemos uso, como instrumental de nossa ligação com a DEUSA.

Mas voltemos ao passado, vamos voltar ao tempo em que mulheres e homens diferentes, que incomodavam os poderes estabelecidos, eram cruelmente torturados.

Poucos percebem que a tortura, para confessar bruxaria, era uma tortura similar a que os serviços secretos ainda usam hoje, para extrair informações sobre as reais práticas dos que eram depois sacrificados a fogueira, num ritual necromante, para imprimir na anima mundi, na alma do mundo, um medo à magia, ao conhecimento dos povos naturais.

O saber dos povos naturais foi progressivamente sendo destruído por um conluio de forças que tem uma de suas principais forças começando a atuar no pacto nefasto de Júlio César e seus asseclas com Cleópatra e seu clero, quando os conhecimentos passaram a ser sistematicamente perseguidos e um simulacro de religião foi criada, com nítida função de criar servos, de dominar.

Os exércitos de guerreiros iam se tornando mercenários brutais e os sacerdotes iam se tornando mercadores de almas.

Júlio César destrói a biblioteca de Alexandria e então mais tarde, o Império Romano assume a religião cristã, isto é, cria uma versão da religião cristã para si, e com as armas, a vocação das legiões ainda em sua egrégora, sai a destruir Cátaros, Albigineses e depois cruzadas rumo ao Oriente, guerras de conquista, a invasão destas terras brasilis e de todo o continente, a escravização ou massacre de populações nativas tanto aqui como na África.

Fomos doutrinados para crer que o saber dos povos nativos é inferior, selvagem, supersticioso, que só a gloriosa tradição do positivismo vinda dos conquistadores é válida.

Essa prisão já foi imposta no próprio continente de onde vem os conquistadores, ali já perseguiram e julgam ter destruído todos os elos do saber dos povos nativos que ali também viveram.

Julgam que o racionalismo venceu e o saber místico e mágico foi erradicado.

Rindo disso, em menires, em lugares sagrados, dentro de capelas e igrejas que os conquistadores construíram em cima de lugare de poder, herdeiros e herdeiras desse SAber Ancestral continuam ritualizando e ao ritualizarem reatualizam o mito.

Então a Era Industrial, os paradigmas da Era Industrial tomam os povos, as cidades crescem, as pessoas vão perdendo o elo com os campos, com a natureza. Poucos se lembram que é o ouro arrancado de Hy Brasil, sob a vergasta do conquistador, com o sangue dos escravos índios e africanos, que migra de Portugal para a Inglaterra e faz acontecer a Revolução Industrial.

O mundo muda, os paradigmas mudam, o povo natural é ainda mais desprezado e seu saber relegado a condição de superstição grosseira.

O orgulhoso materialismo positivista arrogantemente pretende dizer o que é real e o que não é. Onde devia dizer "não entendo", ou "sequer percebo" dizem "não existe".

Campos, pagus, pagãos, povos dos campos, em sintonia com a vida, com a natureza. Tais valores passam a ser tido como menores, sinal de atraso.

Urbes, cidades, povos urbanos, isolados da natureza, mas ainda dela dependem. O povo da cidade é tido por culto, intelectualizado.

O mundo passa a ser dividido em nações "desenvolvidas", "industrializadas" e nações "subdesenvolvidas", "não industrializadas" .

O preço dessa "revolução industrial " é visível hoje na destruição da camada de ozônio, na extinção de espécies animais e vegetais, num caos social que gera violência e tensão em várias escalas.

Lhes pergunto: Teria acontecido uma revolução industrial como essa, em povos com a ligação plena da Terra como os nativos?

A Revolução Industrial aconteceu na forma que ocorreu porque a Vida e a Terra foram coisificados. pessoas se tornaram "mão de obra" e a Natureza "fonte de matéria prima".

E cá estamos neste caos ecológico e social tremendo, que combinados com as potentes armas que existem podem exterminar toda a vida sobre a Terra.

É total ilusão acreditar que o modelo da revolução industrial é o único modelo possível de desenvolvimento tecnológico.

Os bruxos e bruxas foram mortos, seu saber perseguido e quase extinto porque falavam de uma realidade viva, de uma natureza viva e consciente e assim, os caminhos que propunham eram caminhos onde a tecnologia viria na forma de uma tecnologia branda, não agressiva ao meio ambiente, onde os seres humanos continuassem a desenvolver um estilo de vida que não fosse o dos escravos e senhores, perpetuados em diferentes formas na presente organização social.

A guerra entre conquistadores e povos nativos sempre foi uma guerra pelo controle da realidade.

Os povos nativos em sua quase totalidade optam por abordagens harmônicas e empáticas com a natureza, enquanto os povos conquistadores estão sempre preocupados com seu poder e subjugação de outros, pouco percebendo o que acontece a sua volta além de seus interesses, tendo sempre atitudes desarmônicas.

A partir dos valores dos povos nativos, hoje usando mesmo alguns dos conhecimentos oriundos desta civilização tecnológica que aí está, podemos criar uma outra realidade, onde o mundo pode continuar seu fluxo, sem necessitar deste modelo de destruiçao progressiva que hoje domina.

Utopia?

Não, magia!

Outros povos desenvolveram outros estilos tecnológicos, Maias, Anassazi e outros povos que migraram para outras condições da Realidade quando do ínicio das crises neste mundo, desenvolveram estilos de tecnologia que hoje fazem parte do chamado "fenômeno ufológico" tema que um dia abordaremos aqui, "Bruxaria e ufologia".

Nós ficamos presos nesta senzala, que é a pretensa realidade, mas outros povos migraram para outras condições da realidade, outros mundos e dimensões e ali continuaram seu ciclo evolutivo.

Nos visitam quando os conquistadores de plantão cochilam.

Estamos entrando na Era Pós Industrial.

Touraine, Toffler, Domenico de Masi, são muitos os que abordam este fato, que a ERa Industrial fica para trás como um parenteses num caminho que liga os paradigmas da nova fase histórica com os da chamada "primeira onda" de Toffler, valores como busca de uma produção orgânica, valorização do sentir e da intuição tanto quanto do pensamento sistematizado, enfim valores ecológicos , voltam a ser respeitados e considerados vitais para a sobrevivência saudável do ser humano, pois basta um olhar crítico sobre o mundo para perceber que a sociedade que vivemos não é saudável.

E o suporte filosófico e místico não vem de religiões dogmáticas que foram usadas através do tempo para dominar as pessoas, onde culpa, medo e insegurança são estimulados nos (as) "seguidores".

O neo paganismo, a religião da Terra, o religar-se à Terra enquanto ser vivo e consciente é um caminho que leva à MAGIA e a VIDA.

Em homenagem sincera a tantas mulheres valorosas, homens corajosos, que entregaram suas vidas às chamas, que resistiram a tortura mas nada revelaram dos SEGREDOS, em homegem a estes heróis e heroinas que com seu sacrificio salvaram outros para que a tradição continuasse nos chamamos bruxos e bruxas.

Porque hoje podemos ,nós seus herdeiros(as) espirituais, dançar em praça pública, dizermo-nos publicamente pagãos (ãs) e sentir que uma nova fase da História se aproxima nos dizemos bruxos e bruxas.

E podemos ver além da confusão que os que sabem que vão perder o poder estão criando para que não percebamos o SOL da primavera retornando, porque temem a verdade, a constatação esta civilização construida no gelo da ganância e egoísmo, ruirá por si.

Os que fizeram seus impe'rios e suas armas de poder no gelo da realidade vazia e estéril que criaram temem que redescubramos a magia, pois o calor da magia os ameaça pela sua simples existência.

Por isso nos chamamos Bruxos e Bruxas, por isso temos caldeirões e colheres de pau, pilões, vassouras e outros instrumentos que usamos para tecer nossas magias, porque nestes simples ato deixamos nossa condição isolada e nos irmanamos em vasta corrente que além do tempo e espaço conectada está com a Deusa.

Pois em cada ato mágico, em cada rito que ritualizamos uma onda de energia vence tempo e espaço e toca nossos antepassados espirituais enquanto ardem na fogueira dos conquistadores, com nossa magia viva hoje lhes dizemos:

- "Coragem, venceremos!"

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A ética das bruxas

A Bruxaria, por não ser uma prática unificada, não possui leis próprias como algumas religiões, por exemplo, mas as Bruxas reconhecem um certo código de ética entre si, que não é secreto, e sim bastante dedutivo, à medida que você começa a lidar com a Magia.
Obviamente a Magia em si possui algumas leis, que não passam de leis da própria Natureza. Há a célebre frase: "/Não há nada que a ciência tenha dito que eu não tenha visto como Bruxa/", e é verdade. Nossas leis são as leis naturais.
No entanto, a partir desse princípio, ao lidar com a Magia deparamos com certas questões que nos fazem cair num dilema moral: Feitiço de amor é válido? Até onde vai o conceito de livre-arbítrio? Qual o limite entre ajuda astral e intervenção desnecessária? Abrimos este espaço então para discutir todos esses fatores.
O que é o Livre-Arbítrio?
Entende-se por livre-arbítrio a capacidade que o ser humano tem de escolher seu próprio caminho. Assim, se uma pessoa faz algo que você não gosta, você tende a respeitá-la, já que respeita seu livre-arbítrio. Não mandamos nas pessoas; não as manipulamos. Manipular alguém é interferir no livre-arbítrio.
Quando influenciamos alguém a tomar determinadas atitudes, o conceito do livre-arbítrio pode ficar confuso. Dar conselhos significa interferir no livre-arbítrio da pessoa? Ou seria intervenção apenas uma insistência psicológica com intenções nem tão louváveis?
Vamos dar um exemplo dentro de nossas práticas. Suponhamos que Mariazinha é apaixonada por Zezinho. Acontece que Zezinho já gosta de outra pessoa. Mariazinha tem duas opções: ela pode fazer um ritual para atrair amor para sua vida (geral) ou pode fazer um ritual pedindo que Zezinho goste dela (específico).
No segundo caso, ela está interferindo no livre-arbítrio daquela pessoa. No primeiro, ao pedir que o amor venha à sua vida na forma de um namorado, Mariazinha move as energias à sua volta para possibilitar novos encontros e oportunidades. Quem sabe com o próprio Zezinho, se as condições forem favoráveis. Mas, no segundo caso, ela direcionou a sua energia para ele, especificamente, pedindo que ele gostasse dela. Ela interferiu em seu livre-arbítrio. Seu feitiço provavelmente deve funcionar, mas aí entramos com a questão: isso foi certo?
O certo e o errado
Como definir o que é certo e o que é errado na Bruxaria? Como definir o que é certo e o que é errado em nosssa vidas?
Temos algo chamado consciência. Outra coisa chamada responsabilidade. Respeitar o livre-arbítrio não é uma "lei" da Bruxaria, mas é um código ético que a maioria das Bruxas respeita. Não há de fato como saber exatamente o que é certo e o que pode ser errado, mas temos certos parâmetros pessoais que moldam nossas atitudes. Certamente você deve estar achando a atitude de Mariazinha errada, quando ela faz um feitiço para conquistar Zezinho. De alguma forma, você sabe que interferir no livre-arbítrio das pessoas pode não ser o mais correto.
Entremos então em outro caso. Suponhamos que a avó de uma Bruxa esteja muito doente. A velhinha já está quase no fim da vida, mas sua neta a ama muito e quer o seu bem. Dessa forma, ela (a bruxa) realiza um ritual de cura com o objetivo de fazer a sua avó sobreviver ao seu tratamento. Consegue. Porém, alguns dias depois a sua avó vem em sonho e pede-lhe que a deixe morrer, pois já está cansada demais da vida e deseja descansar.
Esse é apenas um dos infinitos exemplos de como a Magia usada de forma "certa" pode acabar sendo "errada". A bruxa queria apenas o bem para a sua avó, mas interferiu em seu livre-arbítrio para escolher se era isso mesmo o que ela queria. De toda essa discussão, a única conclusão que podemos tirar é que o conceito de bem ou mal é relativo e que o respeito ao livre-arbítrio é uma das ferramentas mais importantes da ética das bruxas.
Como saber que atitude tomar?
Você pode estar passando por uma situação semelhante. Se não passou ou está passando, provavelmente ainda irá passar muitas vezes. As indecisões com relação à intervenção (ou não) na vida das pessoas sempre nos fazem pensar. E está certo. Devemos realmente ponderar muito antes de realizar um feitiço, pois este só será realizado se as intenções forem verdadeiramente fortes.
Há diversas maneiras de se tomar uma decisão a esse respeito. A mais óbvia, claro, é confiar na intuição. Mas muitas vezes acabamos nos envolvendo tanto no problema que já não sabemos se a nossa intuição está sendo influenciada por nossos sentimentos. De qualquer forma, é sempre preferível confiar nela que em qualquer outra coisa.
Outra atitude que você pode tomar é a consulta aos oráculos. Se você costuma lidar com eles, podem ser de grande ajuda nessa hora. Deite as cartas, lance as runas, pergunte ao pêndulo, observe a água e o fogo. Cada um tem o seu oráculo preferido, que se dá melhor. Jamais se esquecendo de que a intuição não está nunca separada da interpretação dos mesmos.